De acordo com a fundação Endometriosis Austrália, cerca de 200 milhões de mulheres no mundo enfrentam a endometriose. O número é equivalente à população inteira do Brasil, estimada em 209 milhões segundo o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE).
Imagine um país inteiro de pessoas com essa doença, afetadas com cólicas menstruais excruciantes, dores pélvicas, sangramentos, entre outros sintomas. “Trata-se de um funcionamento reverso do organismo feminino, que faz com que a camada interna do útero, conhecida como endométrio, migre para os órgãos da cavidade abdominal, em vez de ser expelida mensalmente na menstruação. Isso causa um doloroso processo inflamatório e desencadeia uma série de sintomas e mal estar às mulheres afetadas”, explica Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista e obstetra, especialista em endometriose, diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE).
Uma pesquisa publicada na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos acompanhou 12 mulheres com endometriose na Suécia, com idades entre 28 e 44 anos. Os resultados revelaram que a adoção de uma dieta nutritiva, adaptada individualmente, colaborou para a redução dos sintomas da doença e contribuiu para o aumento do bem-estar nestas mulheres.
Entre os alimentos observados na pesquisa como benéficos estão de frutas, vegetais orgânicos, fibras e alimentos ricos em ômega-3 (peixes). São opções que agem de modo a combater a inflamação causada pela doença. Em contrapartida, carnes vermelhas, laticínios, gorduras, álcool, cafeína e glúten foram apontados como alimentos que aumentam as inflamações e contribuem para a permanência do quadro de endometriose.
Segundo o Dr. Marcos Tcherniakovsky, o tratamento da endometriose é complexo e envolve a ação de vários profissionais. “Para tratar a endometriose, promovemos um acompanhamento multidisciplinar que inclui: ginecologista, cirurgião, nutricionista, fisioterapeuta e, muitas vezes, especialista em infertilidade, para desenvolver combinações terapêuticas individualizadas para o controle da doença, com base no histórico de saúde e forma como a doença se manifesta na paciente”, encerra.
Dr. Marcos Tcherniakovsky é Ginecologista e obstetra – Especialista em Vídeo-Endoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia) e Endometriose. Atualmente é Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. É médico responsável na Clínica Ginelife.
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