O cisto de ovário é um acúmulo de líquido que se forma dentro ou sobre o ovário. A maioria surge durante parte do processo de ovulação, pois quando não há a liberação do óvulo, o líquido interno se mantém no folículo, gerando um cisto, chamados de cistos funcionais. Geralmente, esses desaparecem sem qualquer tratamento. No entanto, quando um cisto aparece em uma mulher que não ovula mais, depois da menopausa, ou em uma menina que ainda não teve a primeira menstruação (menarca), o caso pode ser preocupante e merecer mais atenção.
De acordo com o Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista obstetra e especialista em endometriose e vídeo-endoscopia ginecológica, quando uma mulher desenvolve um cisto em período fértil, o médico solicita um retorno após seu próximo ciclo menstrual para acompanhamento. Agora, quando eles aparecem depois da menopausa ou antes da menarca, são solicitados exames, principalmente se o cisto for grande e não desaparecer em poucos meses.
Como explicado acima, os cistos podem desaparecer espontaneamente, outros somem com a administração de anticoncepcional, pois bloqueiam a ovulação e outros cistos estimulados por hormônios. Em alguns casos quando o cisto não some, uma videolaparoscopia pode ser realizada para o tratamento e diagnóstico. “Embora a maioria dos cistos sejam benignos, uma pequena porcentagem pode ser maligna. A remoção cirúrgica deles, muitas vezes, é a única maneira de saber com certeza se o cisto é maligno”, explica o especialista.
Os cistos no ovário podem causar de desconforto abdominal e/ou pélvico, cólicas menstruais mais intensas, irregularidades menstruais e dores de forma aguda. É importante sempre investigarmos algumas doenças que podem tanto afetar a fertilidade como a Síndrome e dos Ovarios policísticos (SOP) como também alterar a qualidade de vida com dores intensas como no caso de Endometriose.
O que deve ser lembrado, segundo o especialista, é que nestes casos a operação não tem o foco de recuperar a fertilidade da mulher, caso ela tenha sido afetada por outros fatores. A cirurgia é feita para preservar a saúde e qualidade de vida dela.
“Hoje, se a mulher tiver o desejo de engravidar, mesmo se o seu quadro for cirúrgico, é possível optar pela videolaparoscopia. Com esse procedimento, é feita a introdução de um canal óptico pelo umbigo, o que amplia as imagens durante o procedimento, para retirar os cistos mantendo os ovários e preservando ao máximo a fertilidade e a saúde dela”, finaliza.
Dr. Marcos Tcherniakovsky é Ginecologista e obstetra – Especialista em Vídeo-Endoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia) e Endometriose. Atualmente é Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. É médico responsável na Clínica Ginelife.
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